quinta-feira, 19 de abril de 2007

TERNA E DOCE RECORDACAO




CAEM LÁGRIMAS

I
Rolam-me na face
Caem no chão
Secam com o vento
As lágrimas tristes
Do meu coração!

Continuo escrevendo,
Versando tua beleza,
Apenas interrompido
Por longos suspiros
Da grande tristeza
De meu coração!

E, se depois penso
Que jamais serás minha:
Rolam lágrimas
Pelo rosto molhado
Caem no chão!
Secam com o vento!
As lágrimas tristes
Do meu coração.

II
Recordo-me de ti
nas horas que não eram tempo
quando os nossos olhos
ainda mal se abriam.
Eras menina
E eu corria
ao encontro na Parede
e a parede era mesmo ali
a dois passos do coração.
Eras menina
E as horas não eram tempo
Nem o tempo me separou de ti!

III
Eu sei que nos momentos mais duros da vida
nos pedaços em que ainda retinha o alento
eu me recordava de ti.
Não sei a razão
Mas a menina do meu coração
permanecia na minha vida.
Adivinhava os teus passos!
Sabia de cor os teus gostos.
Afinal estavas aqui...mas fugias sempre!
Faltava-me a coragem...
E não queria perder-te!

E nossos pensamentos distantes
Eram dois amantes.
Passavam os anos não passava o amor
E até o desencontro não perdia o calor.
Que estranha forma de viver
Têm nossas duas vidas:
Tão cheias de amor e desencontradas.
Deixei endurecer o coração!
Perdi a minha juventude!
Atravessei noites!
Levantei Manhãs!
Mas não perdi a virtude...
Sabes! É tarde!

IV
"Terna e doce recordação
Nunca deixaste de me pertencer
É meu, o teu coração
Por favor ajuda-me a viver"

V
"Feliz! Só por te ver
Viver? Eu não vivi!
E nesta ânsia de ter
Acabei por te perder
Perto, tão perto de ti"


Rogério Simões

William Van Der Hagen

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