terça-feira, 17 de abril de 2007
O BEIJO
Guardo o teu beijo, terno beijo, na lembrança.
No outono cinza, a despedida, último adeus,
como se foras, como foste, para sempre.
Amargurando o teu partir, restou-me o beijo.
Quantos outonos sucederam desde então!
E aquele beijo... nem as folhas esqueceram,
no farfalhar, de relembrá-lo nas canções,
hoje levadas pelas brisas madrigais.
Alma constrita, olhos perdidos no horizonte,
que fiz à baça luz da acerba solidão,
senão sonhar o teu regresso aos lábios meus?
E enquanto a espera debilita os meus anseios,
caminho triste e amargurado, sem destino,
mas na esperança da emoção de um novo beijo!
(Antonio Kleber)
Ondina
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