terça-feira, 17 de abril de 2007
TEMPO ACABADO
De súbito, aflora do peito uma dor
profunda e marcada por rara acridez.
É a luta sem trégua na busca do amor,
levando minha alma a sofrer na aridez!
Assumo os amargos, tristeza abismal,
entregue à leitura de cartas antigas.
À noite, em silêncio, relendo este mal,
empresto meu corpo à mais rude fadiga!
Se sonho acordado o retorno da musa,
trancado no quarto de sombras regado,
abraço o universo da história inconclusa!
Exausto, sucumbo, sofrendo meu fado,
lembrando desditas e mágoas intrusas,
firmando a certeza de um tempo acabado!
(ANTONIO KLEBER)
Ondina
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