domingo, 22 de abril de 2007

DELIRIO


Deusa da aurora
Qual estrela patética
Reflete em espelho
Insaciável
Abrasa o peito ...
Apelo ardente devora
Percorre veias cálidas
Queima lábios sedentos

Desnuda silhueta
Revela belas curvas
Delirantes ...
Desvenda envolvente
Transparência
Com esvoaçante tecido
Quase inexistente
Cobrindo corpo solto
Abandonado ao êxtase

Veste, despe e reveste,
Túrgida carne
Que a pele alva e sedosa
Encobre
Trêmula...
Faminta...
Mulher feita ... Perfeita !
Banhada em desejos

Entre risos
Silenciosa gargalhada
Sem som
Palavras sem voz
Em garganta
O mudo grito
Sussurra perdido
Na noite
Sem você...
Só... Só !

Só, com meu DELÍRIO !


Ika Bosse

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